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sábado, 9 de abril de 2011

GUARDA MUNICIPAL: MERITOCRACIA E O STATUS DO CARGO

Por que há o conluio para que não ocorram mudanças na classificação de pessoas que exercem cargos gerenciais? De fato há de existir resistência, pois a questão é única:

Como manter o status?

A crítica define a necessidade de aperfeiçoamento do moldes atuais, proporcionando uma dinâmica diferente  que municie o serviço público de agilidade com estrutura eficiente, desta forma vê-se a importância da qualificação e comprometimento das pessoas que exercem os cargos de decisão.

O exercício do comando ou mando é indiscutível, deve ser seguido sem haver questionamento, desde que demonstre a eficácia e a legalidade, porém absurdos acontecem devido a fatores de difícil identificação por aqueles envolvidos no processo gerencial, sendo que muitos acreditam ser extremamente eficientes e cometem erros de gerência pelos motivos abaixo elencados:

Inexperiência;
Incompetência;
Ingerência.

Inexperiência por comodismo, medo de alçar vôo e conquistar espaço, assim a inexperiência é fruto da não aplicação de novos métodos, talvez por desconhecimento, porém figura no glossário superior termos técnicos que estão distante de sua execução, ou seja, aquilo que se fala é impraticável, pois a ausência de pessoa habilitada ou capacitada, com autonomia, de conduzir projetos importantes, justifica a ciranda constante. Assim se presencia erros primários, sem reconhecimento de culpa, porém, ocorrendo sempre a responsabilização de outro, que, sequer tem autonomia de decisão.

É a demonstração do imediatismo relacionado ao improviso, assim responsabiliza-se o operador por erros ou omissões administrativas, por muitas vezes fruto do desconhecimento de ferramentas, métodos e sistemas utilizados, de forma sistêmica, nas fases do gerenciamento, o qual deve apontar ou rever objetivos e metas, bem como o caminho a ser percorrido, objetivando o sucesso na execução dos projetos implantados.

Cabe citar as regulamentações que deixam de existir por, simplesmente, achar-se que tudo é regulamentado, sem verificar a necessidade de instruir o operador, o qual, exercendo suas atividades, exercitando o "poder discricionário", achando que está conduzindo suas ações de forma correta, acaba respondendo criminalmente, civilmente e administrativamente por seus atos, porém com grande influência daquele que determina;

Incompetência pela forma que lida com assuntos técnicos, demonstrando a falta de habilidade necessária para a condução de projetos, os quais dependem de pessoas preparadas para o trabalho em equipe, o que não significa a inexistência de perfis empreendedores, mas a centralização de decisões trava todos os processos, implicando na vivência com "supostos" sucessos que simplesmente refletem a vontade de alguns, ou seja, irrealidades;

Ingerência é a ausência de autonomia nas tomadas de decisão, havendo a instituição de um paradigma que conduz o pensamento de que os ocupantes de cargos inferiores não são, suficientemente, bons, nem, ao menos, para sugerir.

O que se espera do serviço público é um profissional qualificado para uma prestação de serviço circundado pela eficácia, porém com baixo custo aos cofres públicos, sendo este enunciado o princípio da eficiência, o qual não admite a sustentação de uma estrutura distante da eficiência. Assim percebe-se que órgãos públicos necessitam se modernizar, disponibilizando à população um profissional treinado para o exercício de sua função, possibilitando o melhor atendimento com a qualidade desejada, ou seja, o investimento na qualificação do servidor é essencial ao serviço público.

A realidade busca, com base no mérito do indivíduo, pessoas que possam conduzir, porém encontra resistência na sustentação de cargos que não admite equiparação, pois as distinções existem e são aparentes, assim, pessoas de mesmo cargo se discriminam alternando o mando ou comando, promovendo uma incompatibilidade funcional, demonstrada pela falta de harmonia entre integrantes de uma mesma classe, ocorrendo a premiação de pessoas de mesmo cargo com prerrogativas diferentes, tendo como alegação o suposto "mérito".

É o homem e sua inseparável vaidade, desta forma, meritocrática, temos pessoas valorosas, as quais buscam especialização, porém, por falta de aproveitamento, percebe-se um alto índice evasão, superior as demais carreiras públicas, pela qual, o profissional, por ausência de oportunidades, sai em busca de novos caminhos.

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